Candidato Roberto Monteiro quer dinamizar todas as sedes do clube e profissionalizar todo o departamento de futebol


Roberto Monteiro é o terceiro entrevistado da série de reportagens especiais do LANCE!Net com os candidatos à presidência. O advogado pretende usar mais o Maracanã e quer explorar ingressos a baixos valores:
– Temos de aumentar a participação do torcedor no estádio.
Qual a sua relação com o Vasco?
Frequento São Januário desde 13 anos. Entrei de sócio e fui pra torcida com cerca de 14, 15 anos, comecei a frequentar o Maracanã, viajar.. Relação que a juventude tinha. Era apenas um fanático. Me associei ao Vasco com 17,18 anos, comprei um carnê pra ir pra pagando, porque na época era tipo uma joia parcelada. Ai fui pra torcida porque era um ambiente mais próximo, pela minha idade. Meu pai não deixava viajar se eu não passasse de ano. É uma coisa que vem desde pequeno, é paixão. Entrei para o Deliberativo e em 97 apoiei o Jorge Salgado. Em 2000, apoiei o Hercules. E em 2003 já foi Dinamite

Quais os projetos para os programas de sócios?
Vamos dar muita prioridade pra isso. O Vasco precisa resolver esse problema dos sócios. O sócio quer ser bem tratado. Hoje, o torcedor paga ao Vasco porque quer ajudar ou quer meia-entrada, não tem outro benefício. Então tem que criar condições para dar mais benefícios aos sócios. Mas o principal é respeitar o sócio. Respeitar o sócio significa que a secretaria tem que estar sempre aberta, a cobrança tem de chegar à casa... Literalmente, hoje o sócio quase briga para ficar em dia. Tem de criar um mecanismo pro cara não deixar de pagar e ter a facilidade na regularização.

Quais os projetos para São Januário e outros patrimônios?
Otimizar mais São Januário, com um centro de memória, por exemplo. Tem a estátua do Romário, que é um jogador de fama internacional, coisas que podem trazer receita ao clube. Tornar o Vasco um pólo atrativo para o setor turístico. E o Vasco, pela sua história, tem vários mecanismos de atração. O Calabouço é uma sede social, mas com pouca frequência. O Vasco é um clube do subúrbio, que deveria ter boa participação dos sócios, mas não tem atratividade pro sócios irem a São Januário. Tem que resgatar isso. Objetivo é dinamizar todas as sedes sociais, transformar São Januário, definitivamente, em um estádio confortável.

Quais os projetos para o departamento de futebol?
Não há dúvida de que o futebol caminha pra profissionalização. E o Vasco tem de acompanhar isso. Vamos colocar ingresso a preços competitivos, trazer a torcida de volta. A torcida é grande, pode dar sustentabilidade ao Vasco. Temos de também jogar no Maracanã. Em São Januário serão jogos com menos importância. Quando for decisivo, vamos jogar no Maracanã e com preços populares, para motivar o torcedor. O Vasco tem uma grande massa de torcedores e temos de dar vazão a isso. E temos de aumentar a participação do torcedor no estádio.

Quais os projetos para as categorias de base?
Vamos tratar a base com grande prioridade. Hoje, o maior problema vai ser a distância do CT da base da administração do Vasco. Vejo que esse distanciamento dá uma facilidade para os empresários. A base do Vasco tem que ter mais diretores, pra ser um processo vigilante e constante, de acompanhamento do atleta, da família, de quem circula por lá. Então, tem que ter um projeto
Quais os projetos para os esportes olímpicos?
Nossa prioridade é o remo, até pelo estatuto. Basquete que é um esporte que o torcedor do Vasco já mostrou que é fiel. O vôlei também ganhou espaço, mas sabemos a realidade financeira do clube. Só vamos trazer recurso para o esporte amador se trabalharmos junto com a lei de incentivo ao esporte.

Como vê esse conturbado processo eleitoral do Vasco?
Está conturbado porque as pessoas são conturbadas. Falta ao Vasco liderança. Na eleição de 2008, uma direção tomou posse no meio do ano em função de decisão judicial, e, em 2011, a justiça bateu o martelo que as eleições tem de ser adequadas ao meio do ano. Isso tinha de estar programado desde então, mas as pessoas ainda chegam em 2014 em dúvida. Presidente da Assembleia se mostrou sem a capacidade de querer cuidar do processo eleitoral e aí cria todo esse imbróglio. É simples: teve irregularidade, onde está? Não pode chegar 10 dias antes e fazer isso. Se o Eurico adotasse essa regra, teria ficado 30 anos. Não ia fazer eleição nunca, estaria sempre apurando.
Você tem uma relação estreita com a torcida organizada...
Minha relação vai ser institucional. São importantes para o clube, mas uma coisa é certa: ingresso é pra sócio. Ajudar é importante, a festa é importante. Agora, não podemos tirar prioridade do sócio. Prioridade na minha gestão é com sócio. Depois, dentro da institucionalidade, na legalidade, não vai haver problema algum no trato, mas sem relação de comprometimento de ingressos.


Fonte:LANCENET!