Conselheiro eleito pela atual administração, o vice-presidente de finanças do Vasco, Jayme Lisboa Alves, se posicionou a favor da manutenção do presidente Roberto Dinamite até as eleições do clube. No aniversário dos 116 anos do clube, o dirigente disse ainda que a Junta administrativa, que seria formada por quatro nomes indicados por Eurico Miranda e Roberto Monteiro, não tem respaldo no estatuto do clube. Jayme pediu uma espécie de cessar fogo entre situação e oposição até as eleições do clube, marcadas originalmente para 6 de agosto, mas transferidas pelo ex-presidente da Assembleia Geral Olavo Monteiro de Carvalho para novembro
- É importante o clube ter tranquilidade até novembro. Essa coisa de 'Junta' não adianta, o estatuto do Vasco, que é presidencialista, nem permite isso. Espero que nos próximos três meses, com o Dinamite, tenhamos calmaria para realizar aquilo que a gente precisa - disse Jayme Lisboa, em entrevista para a Rádio Brasil.
O clube pagou na última terça-feira o salário de junho com o adiantamento do novo fornecedor esportivo, a Umbro. Era uma parte das luvas do novo contrato - R$ 4 milhões que serviram para pagar a folha do futebol, que hoje é de cerca de R$ 2,5 milhões - que foi direcionada para evitar riscos do Vasco chegar ao terceiro mês de atraso - ainda está em aberto julho. Vice de finanças desde o início do ano, Jayme antecipa que o clube vai renovar com a Caixa Econômica Federal. Ele lembra, porém, que antes o Vasco precisará prestar contas e pagar impostos atrasados - condição obrigatória para receber verbas públicas.
- Teremos a renovação da Caixa e precisamos pagar os impostos para conseguirmos isso. Estamos nos preparando. Essa turbulência (política) só atrapalha. Temos o novo patrocínio da Umbro, precisamos acabar com as obras do Ginásio, temos outras coisas para fazer - afirmou o vice de finanças do Vasco.
Apesar de se posicionar contra diretoria de transição, que recebeu indicação de dois candidatos ao pleito de novembro, Jayme apoia ao ex-presidente Eurico Miranda na sucessão de Dinamite. Recentemente, ele e Manoel Barbosa, outro vice de Dinamite, retiraram a assinatura do pedido de punição do Conselho Deliberativo a Eurico. O caso trata de uma ação de regresso do clube contra o ex-presidente, que ainda não foi levado ao Conselho. Eurico ainda tenta na Justiça reverter a derrota nesta ação. Segundo a última decisão no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, ele teria que ressarcir o Vasco em até R$ 3 milhões.
Após a publicação do relatório da comissão de sindicância, que chamou mais de três mil associados da adesão em massa do ano passado, Jayme, que era presidente da comissão criada por Dinamite, assinou documento atestando que o trabalho não tinha elementos para considerar fraudes na entrada de sócios investigados pelo clube. A carta foi publicada pelo site Casaca!, do grupo político de Eurico Miranda.
Fonte:Globoesporte.com