O Vasco coleciona derrotas e recordes negativos na temporada, mas o fim da negociação com o holandês Urby Emanuelson evidencia também os problemas para acertar contratações, que passaram por Marquinhos Santos, Ronaldinho Gaúcho e agora chegaram no ex-jogador de Ajax, Milan e Roma.
Em menos de um ano, já houve de tudo. O grande problema recente, no entanto, é a lentidão com que a diretoria concretiza os negócios. As poucas vitórias nos últimos meses, todas em clássicos, por exemplo, ainda atrasaram ou fizeram ir por água abaixo algumas tentativas de acerto.
O primeiro desfecho ruim para o Cruz-Maltino foi com Marquinhos Santos. O técnico acertou, foi anunciado, mas no mesmo dia acabou voltando atrás e desmanchando o que estava combinado, alegando problemas pessoas. O profissional voltou para Curitiba, mais precisamente para o Coritiba, sendo substituído por Doriva.
Ainda na pré-temporada, Juan Román Riquelme foi oferecido e o nome agradou a diretoria. O Vasco, no entanto, não chegou aos R$ 320 mil pretendidos pelos representantes do jogador, que acabou se aposentando pouco depois. Na mesma época, o centroavante Santiago Silva chegou a ser dado como reforço certo, mas não veio.
Após o título carioca, a equipe embalou sequência negativa no Brasileirão - que perdura, aliás -, e foi necessário buscar mais atletas. Entre os atletas na órbita do clube, estiveram dois argentinos, Ariel Cabral, que fechou com o Cruzeiro, e Cristian Ledesma, que acertou com o Santos.
O italiano Luca Toni chegou a ser apontado como opção, mas quando o nome virou realizade, o centroavante já havia renovado com o Verona. Atletas sem clube, com salários considerados baixos, como o próprio Emanuelson e o atacante grego Giorgios Samaras, foram citados pela primeira vez na Colina, isso há uns dois meses.
Um pouco antes disso, veio o maior mico do Gigante da Colina 2015: o "Projeto Ronaldinho Gaúcho Vasco". O presidente Eurico Miranda chegou falar em 90% de chances de acerto, mas Assis, posteriormente, chegou a admitir em entrevista que nunca pensou em ver o irmão do clube, e que permitiu que o dirigente criasse um factoide para tirar os olhos de todos do campo e bola.
Na mesma época, o próprio mandatário cruz-maltino anunciou a contratação do lateral-direito Léo Moura. A repercussão negativa fez o jogador do Fort Lauderdale Strikers voltar atrás e jurar de pé junto que não havia acertado nada. Por pouco aliás, não há acerto com alguém que estaria impossibilitado de atuar até o fim do ano, por também já ter passado pelo Flamengo.
No fim de julho, Vasco correu para tentar fechar com o argentino Emiliano Vecchio, que passou semanas sendo avaliado. As vitórias sobre o Rubro-Negro e o Fluminense, no turno do Brasileirão, acabaram esfriando por mais de uma vez o negócio. No último dia de janela de atletas internacionais para o Brasil, Eurico deu aval, mas o Colo-Colo endureceu o jogo e melou a vinda do meia.
Enquanto isso, a contratação do zagueiro João Carlos, ex-Spartak Moscou, levou quase dois meses para sair do papel. Depois da definição da vinda, o atleta sequer reestreou com a camisa vascaína. Nenê foi outro que precisou de longo namoro até que o Gigante oficializasse sua contratação.
Houve o caso do meia argentino Jonás Gutiérrez. Representantes do clube conversaram com agentes do atleta e houve entedimento. Só faltava o aval de Eurico Miranda para que o experiente reforço chegasse, mas isso só aconteceu na última segunda-feira, depois do acerto do ex-Newcastle com o Deportivo La Coruña.
Agora foi a vez de Emanuelson, que deu mais um "não", entre tantos que o Vasco recebeu. O jogador teria pedido um salário maior do que o conversado inicialmente, o que acabou inviabilizando uma transferência considerada certa, inclusive pelo técnico Jorginho.
Apesar de tantos nomes que não viraram realidade, o Vasco anunciou 33 jogadores nesta temporada, sendo que alguns já deixaram o clube, como o é o caso do meia Marcinho e do atacante Gilberto. Até o momento, isso não foi suficiente para melhorar os resultados dentro de campo.
Fonte;ESPN Brasil