Luan deixou o Espírito Santo aos 13 anos, com São Januário como destino. Estabeleceu-se no Vasco, fez carreira no clube ao qual sempre professa gratidão e agora viverá momento inédito na vida: voltará ao estado natal pela primeira vez para jogar como profissional. Orgulhoso de ser capixaba, o zagueiro contou sua história para a imprensa em entrevista coletiva nesta quinta-feira, mas deixou claro que, na hora de entrar em campo para enfrentar o Boavista, no sábado, às 16h (de Brasília), no estádio Kleber Andrade, em Cariacica, estará focado no trabalho.
- Família está ansiosa para me ver. A festa é para eles, mas para mim é compromisso. Vou me dedicar totalmente para o Vasco sair vitorioso. Sou capixaba, amo meu estado, me sinto honrado de poder jogar lá como profissional. Na minha cabeça vou estar muito focado – disse o defensor.
Duas vans devem partir de Fundão, a cidade natal de Luan, para o estádio Kleber Andrade, em Cariacica, palco do jogo. Apesar de se concentrar no jogo, o zagueiro tem a missão de conseguir ingressos suficientes para os familiares. Para isso, tem insistido com dirigentes vascaínos por bilhetes.
A expectativa pelo jogo em Cariacica poderia ser menor. Em março do ano passado, Luan foi convocado para a seleção olímpica, que disputaria um amistoso no Espírito Santo. Entretanto, o zagueiro chegou lesionado e foi cortado. Voltou no dia seguinte. Naquele momento, a ansiedade atrapalhou o defensor.
- Naquela situação eu estava com muita vontade. Isso acabou me atrapalhando. Jogar pela seleção olímpica no seu estado é diferente. Meu pai não dormia há uma semana. Aquilo mexeu muito comigo. Agora consigo me conter – completou.
O fato de voltar ao Espírito Santo com a camisa do Vasco é ainda mais especial para Luan. O zagueiro não esconde a admiração pelo clube. Para ele, o fato de ter chegado a São Januário com 13 anos o ajudou na formação como ser humano.
- É um sonho. Minha vinda para o Rio foi isso. Venho de uma família humilde, tinha muito esse sonho de jogar futebol. Quando surgiu a oportunidade de vir para o Vasco, não tive como dizer não. Clube com estrutura, escola, alojamento, que sempre torci. Sou muito grato ao Vasco por tudo que fez por mim. Talvez não teria a formação que tive aqui se estivesse em casa. Não teria as mesmas responsabilidades.
Fonte:Globoesporte.com