"A popularidade do Vasco já era grande em 1923, e aumentou muito com a sua luta contra o preconceito de cor no futebol. A briga anti-racista do clube tornou-se uma verdadeira bandeira popular: em defesa da luta vascaína fizeram-se comícios no centro da cidade do Rio de Janeiro. Um grupo de gente ligada ao Vasco, ou que dele se aproximou atraída pela simpatia de sua causa, falava ao povo quase todas as tardes, aí por volta de 1924, da sacada do jornal A Pátria, do cronista João do Rio, na Rua Chile (hoje Melvin Jones), em frente à Avenida Rio Branco. João do Rio gostava dos comícios, que aumentavam não só a popularidade do Vasco, mas também a de seu jornal; naqueles dias a vendagem de A Pátria cresceu muito, sobretudo nas bancas do centro do Rio.
Entre os oradores dos comícios, que chegavam a reunir verdadeiras multidões, estavam José da Silva Rocha e Cascadura (Álvaro do Nascimento), até hoje vascaínos ilustres. Cascadura, que fora goleiro do clube na época da fusão com o Lusitânia, em 1915, quando começou o futebol no Vasco, mantém há 39 anos no Jornal dos Sports do Rio a coluna 'Uma Pedrinha na Chuteira', assinada com um nome de saber vascaíno: Zé de São Januário."
Fonte: NETVASCO